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Sobre amar pessoas difíceis

Um convite à lucidez, ao afeto... e aos limites Se você é adulto, já deve compreender que amar alguém é uma escolha. Não uma obrigação, nem uma dívida impagável.

O amor, quando é verdadeiro, nasce com liberdade — e se sustenta em consciência. Mas a verdade é que nem sempre as pessoas que amamos são fáceis.

Algumas têm traços difíceis de lidar, reações intensas, feridas antigas que vazam sem perceber. Às vezes, são familiares. Às vezes, amizades. Às vezes, seu(sua) companheiro(a) de vida...


Aliás, sejamos honestos: todos nós, em algum aspecto, também somos difíceis. Todos temos nossos dias difíceis, nossos pontos cegos, nossas manias.

Mas há pessoas que, de forma mais constante, se tornam realmente desafiadoras de lidar — e são elas que chamamos aqui de “pessoas difíceis”.

Amar pessoas difíceis não é algo que se exige de ninguém. Mas pode ser um sentimento legítimo e uma escolha possível — se for feita com clareza, responsabilidade e verdade.

Sim, pessoas difíceis também merecem ser amadas.

Mas só vale a pena se esse amor puder acontecer de forma saudável — sem que você precise se anular ou se machucar para sustentá-lo.

Amar alguém difícil de verdade exige de nós a consciência dos seus defeitos e a compreensão de que dificilmente aquela pessoa vai mudar.

Você pode desejar que a relação se transforme, sim. Mas está disposto(a) a ficar ou ir embora depois de enxergar quem a pessoa realmente é — em vez de viver uma vida de conflitos tentando mudá-la, mesmo que ela não queira ou não consiga mudar? Que seja uma decisão lúcida, não um sacrifício cego. Amor que vive de machucar ou silenciar não é amor.


Amar alguém difícil só vale a pena se esse amor puder existir junto ao seu amor-próprio.


Às vezes, a forma mais respeitosa de amar alguém é aprendendo a dizer não. É manter uma certa distância saudável. É aprender a conversar com mais firmeza — sem gritar, sem engolir. É estabelecer limites e, se necessário, também pausas.


Não há receita para lidar com relações difíceis. Mas talvez ajude lembrar que o respeito, os limites e a escuta — inclusive de si mesmo(a) — são ferramentas importantes para qualquer relação funcionar bem.

Todo amor, seja para pessoas "fáceis" ou "difíceis", precisa vir depois do amor que damos a nós mesmos. Porque quem se ama de verdade sabe: amar o outro nunca deve custar a própria dignidade. Autora: Carol Brazil

Edição nº 16/3 Esta folha é uma iniciativa independente, sem vínculos comerciais, religiosos ou políticos.

Se essa mensagem te tocou, que tal repassar ou conversar sobre ela com alguém?

Para comentários, sugestões ou contato: capivara@carolbrazil.com

 
 
 

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