Quando a gente precisa fazer pausas
- Carol Brazil

- 23 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de set.
A vida não espera. Mas você pode parar, sim. O quão desesperador pode ser a ideia de parar enquanto a vida segue em frente?
Parece que a gente vai ficar pra trás.
Ou que vai precisar fazer muito esforço depois, pra “recuperar o tempo perdido”.
Essa é a lógica do mundo lá fora — que valoriza movimento, produtividade, presença constante.
Mas esse modo de ver a vida faz com que muita gente estique demais a corda.
Que ultrapasse seus próprios limites.
Que viva sempre entre a exaustão e a sobrecarga.
Tem hora que a gente quer parar (como quem conta os dias pras próximas férias).
Tem hora que a gente não quer, mas sabe que deveria. Porque o corpo ou a mente já estão pedindo socorro — mesmo que seja no pior momento possível: no meio de um prazo, de uma entrega, de uma expectativa.
E às vezes… a gente nem tem escolha.
Uma gripe que te derruba.
Um luto que te atravessa.
Uma queda inesperada daquilo que parecia firme.
A vida não pede licença.
Ela muda de direção, atravessa o teu planejamento, desmonta a tua agenda.
E isso não quer dizer que não vale a pena ser uma pessoa organizada.
Mas talvez a pergunta seja:
- há espaço na sua vida para os imprevistos?
- para as pausas forçadas?
- para aceitar aquilo que não depende de você?
Quando for preciso pausar, pause.
O mundo vai continuar, sim — mas isso não significa que você tenha sido deixado(a) pra trás.
Você pode voltar a caminhar, no seu tempo. Talvez mais devagar. Talvez por outro caminho.
Mas ainda assim, presente.
Seja a sua pausa uma vírgula, um ponto e vírgula ou um ponto parágrafo... você vai voltar.
Provavelmente com mais força.
Com novos aprendizados.
E com um novo respeito pelo seu próprio ritmo.
Autora: Carol Brazil
FOLHA DA CAPIVARA Edição nº 23/3 Setembro de 2025 Esta folha é uma iniciativa independente, sem vínculos comerciais, religiosos ou políticos.
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