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  • Foto do escritorC.B.

O escambo em tempos modernos

Atualizado: 28 de abr. de 2022

Na Antiguidade, antes da introdução do dinheiro, existia somente a prática da troca de bens e serviços: esse tipo de negociação chamava-se “escambo”.




Na verdade, ao longo dos anos, o escambo foi quase totalmente abandonado e substituído por outras formas de comércio mais articuladas. Eu escrevi “quase” porque, mesmo em tempos modernos, ainda há espaço para esta forma arcaica de transação.

Especialmente em tempos difíceis como estes nos quais vivemos, com a pandemia da Covid-19 e agora com o conflito russo-ucraniano, a criatividade se desenvolve e o ser humano é capaz de encontrar soluções engenhosas para sair dos momentos sombrios. Aliás, a história humana está cheia de cursos e recursos históricos onde as tendências do passado se tornam uma inspiração para o presente.

Um caso emblemático é o da empresa brasileira Timbro, importadora de aeronaves executivas para terceiros que decidiu aceitar pagamentos em commodities agrícolas e metálicas. O nome desse tipo de operação financeira é “barter”. A palavra, em sua origem, remete à troca e surgiu no início dos anos noventa para oferecer alternativas de financiamento para os produtores rurais que adquiriam os insumos necessários para seu plantio e, como forma de pagamento, utilizavam parte da sua produção. Se vocês quiserem, podem clicar neste link e ler um pequeno artigo que traz a notícia da empresa Timbro.

Igualmente, no nosso cotidiano, a prática do escambo é mais do que bem-vinda: por exemplo, há os Bancos de Tempo, ou seja plataformas de consumo colaborativo que reúnem pessoas que trocam serviços em contrapartida de ”créditos” de horas em vez do dinheiro. Nomeadamente, uma pessoa que sabe cozinhar doces pode oferecer bolos e, depois que o trabalho for feito, ela ganha uma moeda virtual para trocar por qualquer serviço que ela precisar. Estão curiosos? Então, dêem uma olhada nesse vídeo que conta a história da primeira experiência brasileira desse tipo em Florianópolis

Vocês gostariam de viajar sem pagar hotel e com o conforto de uma casa? Porque não se inscrevem na plataforma de intercâmbio de casas por temporada “BeLocal Exchange”? Aqui está o link para conhecer essa iniciativa.

Esses são apenas alguns exemplos das versões modernas do escambo e o que as torna extraordinárias é uma maior sensibilização ao tema do consumo consciente e colaborativo que é ótimo não só para o bolso, mas principalmente para o planeta e para a nossa alma.


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