Mudanças mexem
- Carol Brazil

- 21 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de set.
Um convite à paciência com os próprios recomeços Mudar pode ser animador. Mas também pode bagunçar tudo por dentro.
Às vezes, a mudança chega como alívio. Outras vezes, como um vendaval.
Tira o chão, desmonta rotinas, embaralha certezas. Mesmo quando é para melhor, ainda assim… mexe.
Tem mudanças que você escolhe. Tem outras que só acontecem — e você precisa acompanhar.
E há ainda aquelas que não foram bem-vindas, mas aconteceram mesmo assim.
Nem sempre é fácil atravessar o novo. Porque algo fica para trás, porque algo precisa ser reconstruído, porque o que era conhecido, ainda que imperfeito, já fazia parte de você...
É comum sentir um certo luto — mesmo quando a mudança é boa. Seja um endereço, uma rotina, uma ideia antiga sobre quem éramos...
E está tudo bem se você resistir um pouco.
Às vezes, resistir é só o jeito que o corpo encontra de se preparar para algo que talvez ele nem possa evitar. Tem gente que lida bem com isso. Mas tem dias em que tudo parece demais. É como se o chão saísse de baixo dos pés, e o novo ainda não tivesse se formado.
Tem quem mude com coragem. E tem quem mude com medo — e vá mesmo assim.
Tem quem lute contra a mudança até ela se impor. E tem quem nem perceba que está mudando, até olhar para trás.
Cada um vai viver esse processo à própria maneira. Mudanças nem sempre pedem respostas rápidas. Às vezes, o que elas pedem é só presença: respirar, observar, acolher o que está mudando — por dentro e por fora.
Porque é isso: mudar mexe.
Com o corpo, com a cabeça, com a vida.
E, ainda assim, seguir adiante é possível.
Um pouco de cada vez.
Mudanças não obedecem ao relógio — obedecem ao corpo. E cada corpo sente de um jeito.
Não há pressa em se refazer. Há apenas um convite silencioso: continue. Um passo de cada vez já é caminho.
Autora: Carol Brazil
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FOLHA DA CAPIVARA
Edição nº 10/3 Julho 2025
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