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Estamos em obras, e agora?

Atualizado: 13 de set.

Reflexões sobre tempos difíceis e o que fazemos deles Ser acordado por uma furadeira.

Tentar trabalhar com o barulho de pisos sendo quebrados.

A dor de cabeça causada pelo martelete.

Ter a rotina interrompida por um elevador interditado.

 A rinite que ataca por causa da poeira.

 As faxinas mais frequentes em casa.

 As crianças entediadas sem parquinho.

 A saudade de um mergulho na piscina.

 Essas são cenas que, atualmente, fazem parte do dia a dia no Edifício XXXXX.


É muito normal se chatear com isso.

Mesmo sabendo que a requalificação do prédio está acontecendo conforme o combinado, os transtornos existem, são reais, nos pesam — e, às vezes, até sobrecarregam.


O incômodo começa como uma experiência individual. E há quem se sinta diretamente atingido pelas intempéries… Mas lembremos que essa é uma experiência compartilhada — esse mal-estar também é um estresse coletivo. 

Porque morar junto também é isso: passar, juntos, pelos períodos difíceis — até na convivência.


Cada um vai lidar com os transtornos de um jeito. 

Tem gente que consegue relevar. 

Tem dias em que a paciência dura menos. 

Tem momentos em que tudo parece demais.

 E isso tudo também faz parte. Talvez pequenas atitudes práticas — como o uso de fones intra-auriculares, tampões ou abafadores de ruído — possam trazer algum alívio sonoro em meio ao caos.

Quem sabe seja hora de chamar um vizinho para um café, ou levar as crianças ao parquinho Municipal!


Não é preciso fingir que está tudo bem.

Mas também não precisamos transformar o barulho de fora em ruído entre nós.

E nem deixar que o pó das reformas empoeire as amizades por causa da redução das áreas de convivência.


Embora não anule o incômodo do agora, o resultado final das obras será bom para todos nós. Por isso, desejamos força, delicadeza e tolerância.


O filósofo estoico Epicteto lembrava:

“Não é o que acontece que nos afeta, mas como reagimos ao que acontece.”


Que cada um encontre, à sua maneira, um jeito de atravessar este momento com dignidade e autopreservação — sem perder de vista o cuidado: consigo, com os outros e com a vida que pulsa, mesmo em meio à confusão. 

Porque nem todo inconveniente precisa virar conflito. E até mesmo os períodos difíceis podem se tornar cenário para gentilezas inesperadas.

Autora: Carol Brazil

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FOLHA DA CAPIVARA Edição Especial (Adaptada) nº 2/1 Julho 2025

 
 
 

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