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Edição Comemorativa: As preocupações que nos visitam

Atualizado: 13 de set.

Como lidar com elas sem deixar que se instalem

    Algumas preocupações chegam como visitas inesperadas. Batem à porta de repente — sem avisar. Trazem perguntas difíceis, dúvidas repetidas, cenários que ainda nem aconteceram.

    É normal que elas nos visitem de vez em quando. Afinal, preocupar-se também é uma forma de cuidado. Mas o problema começa quando a visita quer se tornar inquilina.

  Ela se instala, toma espaço, ocupa nossos pensamentos e nos impede de descansar.

   Preocupação não é solução. E, muitas vezes, ela também não é justa: faz parecer que tudo vai dar errado, mesmo quando ainda há chance de dar certo. Nos convence de que, se pensarmos muito, vamos evitar o pior — quando, na verdade, só estamos nos cansando antes da hora.


Por isso, talvez a pergunta mais importante seja: isso que me preocupa está sob o meu controle?


Se sim, o foco pode mudar: pensar no que fazer, e não só no que temer. Mas se não está, talvez a tarefa seja outra: confiar, esperar, respirar — e se preparar, com serenidade, para o que vier.

 Nem tudo precisa ser resolvido agora. Algumas coisas apenas precisam ser atravessadas com presença e coragem.

Aqui vão sete sugestões práticas:


1. Dê nome à preocupação. Pergunte a si mesmo: com o que exatamente estou preocupado(a)? Nomear já ajuda a reduzir o tamanho do monstro. 2. Diferencie problema de suposição. Às vezes, estamos tentando resolver algo que nem aconteceu — e talvez nem aconteça. Cuidado com os labirintos mentais.


3. Tente dosar o tempo que ela ocupa em seu dia. Crie pausas intencionais: uma caminhada, escrever num caderno, um chá da tarde. Pequenos gestos que ajudam a acalmar a mente — e reordenar os pensamentos.


4. Não alimente demais. Se você oferecer sua energia inteira para uma preocupação, ela cresce.


5. Aja, se possível. Se há algo prático que você pode fazer, mesmo que pequeno, faça. A ação consciente acalma mais do que mil pensamentos repetidos.


6. Converse com alguém de confiança: às vezes, dividir uma preocupação já é um modo de organizá-la e amenizá-la.


7. E, se estiver demais: busque apoio profissional. Você não precisa lidar sozinho(a) com o peso do mundo.


Porque sim: preocupações nos visitam. Mas não precisam virar inquilinas (muito menos proprietárias por usucapião!). Talvez a resposta esteja em mudar a postura: receber com limite. A vida é feita de muitos pensamentos — que bom que alguns podem ir embora. Que cada um encontre o seu próprio jeito de lidar. Com lucidez, com cuidado. Sem negação, sem pressa. Com espaço para respirar — e para se permitir sentir também outras visitas: da calma, da ternura, da esperança.

Autora: Carol Brazil


FOLHA DA CAPIVARA Edição nº 20/3 (Edição comemorativa de 2 meses da Folha - entregue em 29/08/2025) Agosto de 2025

Esta folha é uma iniciativa independente, sem vínculos comerciais, religiosos ou políticos.

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Para comentários, sugestões ou contato: capivara@carolbrazil.com


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