As máscaras que usamos
- Carol Brazil

- 3 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de set.
Reflexões sobre papéis sociais, vulnerabilidade e autenticidade
Em muitos momentos da vida, usamos máscaras.
Não por maldade, nem por falsidade — mas por necessidade.
Mudamos a forma de falar, escolhemos palavras com mais cuidado, evitamos mostrar o que sentimos. Fazemos isso no trabalho, em encontros de família, ou até no elevador.
Não somos hipócritas por isso.
Somos humanos.
As máscaras sociais podem ser uma ferramenta de convivência.
Elas nos ajudam a circular entre diferentes ambientes, a cumprir papéis, a manter certas relações.
Mas, às vezes, também nos escondem demais.
E, quando o esforço para manter uma imagem começa a sufocar a essência, talvez seja hora de se perguntar:
“Será que estou me perdendo de mim?”
Ser autêntico não significa dizer tudo o que pensa, nem expor tudo o que sente.
Autenticidade não é ausência de filtro — é presença de verdade.
É saber ajustar o que se mostra, sem abrir mão do que se é.
Há momentos em que é preciso proteger o que sentimos.
Mas há outros em que tirar a máscara com alguém de confiança pode abrir espaço para um encontro mais honesto.
A vulnerabilidade, nesse caso, não é fraqueza. É coragem.
É a ação consciente de quem já não quer (ou não consegue) se esconder o tempo todo.
Todos nós temos dias difíceis.
Todos já vestimos personagens para dar conta da rotina. Mas nem toda máscara precisa ser permanente. Nem toda imagem precisa ser sustentada a qualquer custo.
Que possamos ter sabedoria para perceber quais máscaras ainda nos servem — e quais já podemos tirar.
Que saibamos nos proteger sem nos apagar.
E, sempre que possível, encontrar espaços onde seja seguro ser quem se é.
Afinal, ninguém precisa se esconder o tempo todo. Ser autêntico, aos poucos, também pode ser um jeito de respirar melhor.
Autora: Carol Brazil
FOLHA DA CAPIVARA Edição nº 21/3 Setembro de 2025
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